terça-feira, 6 de maio de 2014

Tudo Que Ela Gosta de Escutar

Charlie Brown Jr

História de uma garota que seus pais nunca deixaram faltar de nada, na qual uma menina mimada tinha de tudo, mas não tinha nada. Um carro importado e celular, que quando conheceu um simples garoto, tinha apenas uma magrela (bicicleta) e uma pequena casa popular.

 Ao falar com ela, não media palavras e nem dava mole, ela por ser rica teria que fugir por causa de sua educação, acredita que falta, mas só queria escuta-lo; Imagine uma garota que tem de tudo, encontrando um rapaz simples que não tem se quer palavras bonitas, mas que ela simplesmente nunca teria conhecido ou falado com tanta intimidade com um garoto assim, e seu pai ao conhecer ele, achava que seria um rapaz rico e totalmente ou aparentemente bonito e educado, ao ver o rapaz em um carro comum começou a rir, achando que ela nunca ficaria com ele ou apenas dizer que ela estava caçoando de sua amizade com ela há ha há “você não é bom para minha filha, quem é teu pai”? Quem é você? O que você faz? Vou investigar você’’.

Agora imagino que quando o pai dela falou pra ele que iria fazer tudo, ele do nada estaria correndo ou pensando que nunca fosse genro dele. Ironicamente a filha no qual iria se apaixonar por um da classe social dela, se apaixonou por um simples garoto, que na visão dele seria um vagabundo. Que esse garoto ao está na festa olha pra ela e ela olha pra ele com sorrisos, “secando a noite inteira ela só poderia está a fim”.

Mania de rico e mania de pobre, ao se enganarem que ninguém é de ninguém, que o dinheiro compra tudo, mas não compra felicidade? Caiu do cavalo, por que o dinheiro realmente compra tudo mas não compra felicidade e sim o conforto!? Achando sua filha melhor que os outros porque tem de tudo, não pode ficar com o garoto que tem quase nada ou até mesmo o inverso o garoto achando que não tinha nada, não poderia ganhar um belo sorriso de uma garota que tinha de tudo.

O pai sim, acreditava nessa possibilidade, mas acabou descobrindo e não acreditando que sua filha seria um carro popular há há ha e o garoto com um belo pai que daria um carro de luxo  e um desejável celular  “deve ser por isso que ela vem me escutar’’ essa é uma história de amargar. Seria a necessidade de muitas “burguesias’’? Seria a necessidade de muitas classes  populares? Não sei! Só sei que:

Tudo que ela quer, o pai dela dá
Desde casa em Ubatuba, até apê no Guarujá.
Eu falo tudo que ela gosta de escutar
Deve ser por isso que ela vem me procurar.
Eu falo, eu falo tudo que ela gosta de escutar
Deve ser por isso que ela vem me procurar.
                        
                                                                                                                           Alex J Santos

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Resenha: Paratodos - Chico Buarque

Chico Buarque/Google

Chico Buarque, canto e compositor brasileiro, gravou um álbum em 1993, chamado “Paratodos”, cujo nome da música em questão leva o mesmo título.

A começar pela melodia e letra, uma mistura de sonoridades presentes nos estados que ele cita seus familiares: São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais, e Bahia, e em algumas partes retrata a história do país, citando também Tom Jobim como ilustre maestro.

Faz uma analogia à ditadura (golpe de 64), quando diz “contra fel, moléstia e crime/Use Dorival Caymi”, grande poeta e compositor baiano. Ele fala também sobre a solidão do sertão, agreste e cita Luiz Gonzaga, que ficou conhecido pelo seu baião “Asa Branca” que conta também a história triste do sertão, da falta de água.



Saindo do nordeste e seguindo para o Rio de Janeiro, Chico fala de Noel Rosa e Cartola grandes compositores e sambistas. Os “quase” poetas, Caetano Veloso e João Gilberto. Edu Lobo conhecido por compor peças ao lado de Vinicius de Moraes e Tom Jobim e até mesmo com o próprio Chico, com a música “A História de Lily Brown”.

E claro não podia deixar de citar as mulheres da música brasileira, que também tiveram sua parcela e não única na construção dessa cultura que temos hoje, Nara Leão e Clara Nunes, sambistas poéticas e Gal Costa, Maria Bethânia, Rita Lee com seu rock “irônico”.

Chico finaliza com a unção novamente dos estados do país, mostrando assim a sua raíz e bagagem musical para o artista brasileiro.